Nascimento da Bem-aventurada Virgem Maria
Os pais junto ao berço
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Ao seu raiar cessaram as antigas discórdias:
estancou em teu peito a dor, ó Joaquim,
em tua face as lágrimas, ó Ana!
Já agora irás, ó venerando ancião,
sem repulsa alguma, ao templo do Senhor,
ofertar-lhe os seus dons.
Não já irás ao redil para abismar-te em prantos,
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nem guiarás choroso aos pastos o rebanho.
A filha que há de gerar no mundo o eterno gaudio,
nasce o marco final de tua amargura.
O mais feliz entre os felizes,
terás com tua fecundidade a glória
de ser pai de tal filha.
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A mais feliz entre as felizes,
serás com tua fecundidade, ó Ana,
o escrínio dessa joia.
Sim! feliz sorte de felizes pais
a quem o Onipotente revestiu
de tão excelsa honra!
Feliz paciência que venceu o tempo,
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vindo, como terra fértil, a produzir tal fruto!
Feliz vida tão mansa e livre de discórdia,
que recebeu da mão todo-poderosa
tão doce recompensa!
Ó feliz piedade
generosa para com o Templo e os pobrezinhos
cumulada agora com tão belo tesouro!
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Felizes lágrimas,
que tão formosamente se estancaram!
Feliz sofrimento que acabou em tanto gozo!
Alegre-te, ó Joaquim,
essa tua filha, um dia, mãe de Deus,
te tornará o maior de todos os avôs!
Rejubila, ó Ana!
tua filha, guardando intacta a divindade,
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te dará pode neto o próprio Deus!
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